Era uma caixa vermelha, pulsante e frágil. Em um primeiro
olhar, parecia que poderia abrigar
poucas coisas dentro de si. Só que ela podia abrigar pessoas inteiras e ser
lotadas de sentimentos do tamanho do céu.
Era uma caixa que possuía chaves de diversos tipos, e a cada
chave que a abria, fazia com que ela externasse sensações diferentes. As chaves
variavam muito, eram grandes, pequenas, loiras, morenas e tinham olhos das mais
variadas cores. As chaves eram em formato de gente.
A caixa também poderia adquirir correntes e cadeados que
vinham nas mais variadas formas como receios, orgulhos, dúvidas; as correntes
podiam petrificar a caixa. De vez em
quando, por mais estranho que pareça, as chaves quebravam a caixa ou fazia com
que suas correntes aumentassem.
Existia uma chave mestre que podia abrir e ajeitar a caixa.
A chave mestre era curadora, e era através dela que se podia livrar a caixa das
correntes e cadeados, e também através dela que as novas chaves podiam a abrir
novamente.
A caixa era viva e aprendiz, a cada nova chave ou cadeado,
ela se fortalecia mais e aprendia o que tinha de ser feito ou ser deixado para
trás.
Era a dinâmica da caixa, ela se repetia e se repetia. A
dinâmica era o que fazia a caixa permanecer viva, era o sentir que a movia.
(Lorrane Moreira)
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Esse texto maravilhoso é da minha amiga Lorrane Moreira que conheci através do nosso amor pelas palavras e por na verdade varias coisas que temos em comum. Estou há uns dias para postar esse texto mas infelizmente com o retorno das aulas e outros compromissos não deu. Me perdoa a demora Lô, te apressei tanto e demorei a postar...
Fiquem com Deus
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Patty